Me sinto confortável, preenchida de
mim mesma.
É possível? No momento, digo que sim.
Não alcancei metade dos meus
objetivos. E a cada vez que atinjo um, crio inúmeros outros.
Não conheci todos
os lugares que gostaria.
Não conheci tanta gente interessante
quanto baste.
Não dancei todas as músicas que me
atingem.
Não chorei todas as lágrimas que
preciso.
Não sorri todos os sorrisos que
desejo.
Pelo simples fato de que desconheço
este número. Um infinito cognitivo.
E assim me sinto bem.
A cada oportunidade de descobrir
lugares, conhecer pessoas, ouvir músicas, chorar, sorrir, eu tento agarrá-las.
Nem sempre sou bem sucedida nas escolhas que faço. Mas e daí? O tal
arrependimento após fazer uma estupidez dói. Dói muito mais o arrependimento do
“não-feito”. Alguém discorda desse lugar-comum?
Nessa perspectiva, eu me agarro.
Me despindo de auto-piedade,
tentando controlar minha (cruel) auto-crítica e alimentando minha liberdade com
novas ações.
Que tal tentar? Neste caminho, você
pode se surpreender. E surpresas podem ser extremamente lindas e emocionantes.