quarta-feira, 20 de julho de 2011

Teus defeitos

Já foram engraçadinhos, suportáveis, dispensáveis.
Hoje, são apenas irritantes.
Odeio tudo isso.
Às vezes, odeio até tua presença
[e tua insistência em ver TV

Vestem-se de confiança.
Traduzem-se em intimidade.
Configuram-se uma entrega total e irrestrita.

Tuas virtudes me atraíram e levaram-me a ti.
Mas teus defeitos me fizeram ficar.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

No chat...

Eu, invisível.
Vc, disponível.
Fico ansiosa ao “ver” você,
Clico no seu nick...
Os olhos e o sorriso mais lindo que meu computador já registrou.
Leio sua mensagem pessoal...
Seria uma indireta para quem?

Eu, invisível.
Vc, ocupado.
Sua janela continua aberta,
Mas parece que o sol não entra...
Um erro de português na sua nova mensagem pessoal.
Controlo minha arrogância e não o corrijo...
Afinal, ocupado para quem?

Eu, invisível.
Vc, ausente.
Relembro os momentos que compartilhamos,
Leio mensagens antigas...
Me corroi a lembrança dos seus braços.
E se meu sorriso também alcançar você?
E por que não tentar?

Eu, disponível.
Vc, off-line.

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Apenas mais uma de amor"

Dia desses, estava discutindo com uma amiga sobre paixões platônicas. Ela, psicóloga, me dizia que todo mundo já teve uma paixão platônica na vida. Eu, com todo orgulho do mundo, dizia que não. Que o máximo que tive foi uma obsessão pelo Leonardo DiCaprio período “pré-Titanic”, mas que passou super rápido. E que mesmo nessa fase adolescente, isso não se configurava uma paixão, mas uma grande admiração.
Daí, hoje, por acaso, eu encontrei essa carta antiga que fiz pra meu ex-namorado e que ele nunca chegou a ler (nem irá). Vou transcrever uns trechos dela aqui:

...
Tudo que tenho de você são lembranças. Tudo que sei sobre você está no passado.
O que alimenta este sentimento? O que há de real entre nós dois?
Eu sei que não há concretude ou solidez em sentimentos e sensações, mas ainda busco racionalidade no meio dessa minha loucura...
E a sensação que tenho é que perdi. Meu maior desejo é te reencontrar. E não há quem não saiba da existência e da importância que você tem em minha vida. Mas sinto que isso não acontecerá.
...
Meu quarto tem referências suas. Minhas fotos tem lembranças suas. Minhas preferências culinárias, musicais e literárias refletem sua influência em mim. Agora me diz: o que eu faço com isso tudo?
Já tentei fugir, me desvencilhar, te substituir, me anular... nada!
...
Penso em você. Rio com você. Choro por você. Sonho com você. AMO VOCÊ.

Agora eu percebo. Isso nada mais era do que um AMOR PLATÔNICO. E aqui falo no senso comum. Na IDEIA que temos de um amor platônico.  Sabe aquele em que a pessoa é alvo do seu desejo, dos seus pensamentos e não tem noção disso? Às vezes ela nem sabe que você existe? Pois é... É desse amor platônico que estou falando. Não quero aqui filosofar ou discutir psicologicamente os aspectos científicos e exatos deste termo.
Enfim...
Um amor platônico não necessariamente envolve artistas, professores, primos mais velhos ou qualquer outra figura imponente. Às vezes, envolve seu namorado. Será que você não está vivendo um amor platônico AO LADO do seu objeto de desejo e ainda não percebeu isso?
Se me der licença para dar algum conselho, do “alto” dos meus 25 anos, te direi:
Não vale a pena. Ter um troféu frágil não é tão valioso quanto dividir pequenas derrotas com quem te ama de verdade. 


domingo, 3 de julho de 2011

Na boate...

E aqui estou eu...
Dedicando a você, em pensamento, todas as canções de amor que gosto.
Discutindo um filme francês que a gente viu e você não entendeu.
Escolhendo o presente que darei quando completarmos nosso primeiro aniversário de namoro.
Definindo o colégio que a Maria estudará e qual instrumento o Caio tocará. (Maria, sendo a filha mais velha, e Caio, o filho-problema).
Decidindo se é melhor criarmos um labrador ou um Cocker.
Casa com piscina ou jardim? Ou os dois?
Ah...esquece. Sempre sou eu que escolho mesmo.
“Oi..”
“Oi...Tudo bem?”
“Qual teu nome?”
“Clara.”
“Prazer, Clara. Me chamo Jr. Qual teu signo?”
...
Melhor nos separarmos. Não acredito em astrologia.
...
Me dá mais uma dose de Vodka, por favor?