domingo, 11 de dezembro de 2011

Retrospectiva


Me sinto confortável, preenchida de mim mesma. 
É possível? No momento, digo que sim.
Não alcancei metade dos meus objetivos. E a cada vez que atinjo um, crio inúmeros outros.
Não conheci todos os lugares que gostaria.
Não conheci tanta gente interessante quanto baste.
Não dancei todas as músicas que me atingem.
Não chorei todas as lágrimas que preciso.
Não sorri todos os sorrisos que desejo.
Pelo simples fato de que desconheço este número. Um infinito cognitivo.
E assim me sinto bem.
A cada oportunidade de descobrir lugares, conhecer pessoas, ouvir músicas, chorar, sorrir, eu tento agarrá-las. Nem sempre sou bem sucedida nas escolhas que faço. Mas e daí? O tal arrependimento após fazer uma estupidez dói. Dói muito mais o arrependimento do “não-feito”. Alguém discorda desse lugar-comum?
Nessa perspectiva, eu me agarro.
Me despindo de auto-piedade, tentando controlar minha (cruel) auto-crítica e alimentando minha liberdade com novas ações.
Que tal tentar? Neste caminho, você pode se surpreender. E surpresas podem ser extremamente lindas e emocionantes.