quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

"É impossível ser feliz sozinho"

     Isto é fato. Tentei me valer de toda argumentação feminista, libertária e hedonista impregnada em mim para justificar o oposto. Mas não consegui.
     Ir ao cinema sozinha? Ok. Faço com maior prazer. Vou sozinha porque gosto mesmo. Às vezes, quando se vai acompanhada, perde-se a atenção nas melhores cenas. Por diversos motivos: beijos, observações óbvias que seu acompanhante faz ou, pior, ele(a) está falando e rindo tão alto e desesperadamente que faz você se afundar na cadeira do cinema até virar algo entre uma migalha e um farelo...
     Ficar sozinha em casa, vendo filme, navegando na internet, lendo, ouvindo músicas boas? Meus programas preferidos para um dia de semana que não trabalho, ou um fim-de-semana que busco tranqüilidade. Realmente adoro. Há dias em que escolho isto a sair pra uma festa qualquer, ouvir música de plástico e conversar com bêbados irritantes.
       Mas...
     Quão boa é a sensação de chegar de viagem e chamar um amigo pra falar sobre todas as maravilhas e aventuras que passou? Há algo melhor do que compartilhar um momento de euforia desmedida quando, em um show, toca aquela música que você realmente ama e acha que foi feita exclusivamente para você? Existe maior alegria em perceber que a cumplicidade é tão grande que, basta olhar um para o outro, para que a mensagem seja transmitida? 
     Não há nada melhor do que dividir...
Sorrisos,
Lágrimas,
Olhares,
Palavras.


             Este post é uma lembrança àqueles que me fazem Feliz. 
            Verdadeiramente feliz.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Insight


São tantas luzes...
Alvorada e entardecer,
Artificiais e naturais.

E o escuro?

Esse é superestimado.
Companheiro de festas,
Refúgio aos tímidos
e casais salientes!
Mas, mesmo aqueles
Que se dizem tão fieis a essa ausência de cores,
Seres tão noturnos,
Procuram a luz,             
Procuram a lua.
Veneram, vendem, compram, admiram
Luzes neon, piscantes...
Pulsantes!
Em copos e gelos,
“para aparecer”, dizem.

Um filete de luz é suficiente para uma boa leitura
Um videogame
O computador
O celular
A televisão
Até a geladeira, você vê?!

Reflexo num espelho d’água,
Luz dos olhos,
Dar à luz!

Porque essa mania de gostar do que não se pode ver?
Do que não se pode ser?
Pensei e descobri, ao contrário do que pensei,
Que eu gosto mesmo
É de...
Clarificar!