segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Auto-percepção (ou discurso do observador)


Quem é a verdadeira?
Aquela que já foi? 
Ou aquela que ainda é?
Das muitas mudanças,
Nas muitas nuances,
Não reconhece nem a própria face.
Se diz satisfeita com o atual momento,
Assim como era em tempos passados.
Vejo-a demonstrar confiança...
Um olhar de quem sabe o que faz.
Mas há dúvida,
Há incerteza.
E só seu travesseiro conhece.
Talvez algum confidente, quem sabe?
...
Ela acha engraçado quando a questionam sobre as notórias diferenças.
E sempre pergunta: para melhor ou para pior?
Eu digo, garota:
Você nunca mudou.
Roupas, cabelo, ações, palavras, conceitos e pensamentos...
Esses diferem com os anos e as experiências
Mas o essencial,
Que me desculpe Saint-Exupéry,
Esse é visível aos olhos.
De quem vê com a alma.


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